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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Nova Livraria: A Menina que Roubava Livros


Primeiro, as cores.

Depois, os humanos.
Em geral, é assim que vejo as coisas.
Ou, pelo menos, é o que tento.


EIS UM PEQUENO FATO:

Você vai morrer.







E é assim que tudo começa neste livro que me contagiou de uma forma que nenhum outro conseguiu.
Confesso que tive um pouco de receio em começar a lê-lo, e acabar por me decepcionar com o mesmo.
E se tem uma coisa que aprendi com ele é a nunca julgar um livro pela capa. 

Uma das coisas que já chama a atenção para o livro é que toda a história é contada pela própria Morte. E como a contracapa informa: "Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler."

 E realmente você deve!






Pode alguém roubar a felicidade? Ou será que ela é apenas mais um infernal truque interno dos humanos?


Durante os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, os caminhos da Morte e da protagonista, Liesel Meminger, se cruzam durante o enterro do irmão mais novo da garota e esta percebe que o coveiro esqueceu um livro: Manual do Coveiro, e o rouba. Abandonada pela mãe, é levada até a cidade de Molching, onde é adotada por Hans e Rosa Hubermann.

Na Rua Himmel, Liesel segue uma vida normal, se é que é possível se ter uma vida normal numa Alemanha sendo atacada em plena Guerra. Aprende a ler e escrever com o pai Hans e através das palavras dos livros, Liesel vai desenhando seu caráter e aprendendo muita coisa com os mesmos.

Ela é uma 'roubadora' de livros.
Uma menina com sede de conhecimento beirando o inimaginável.
E sua vida vira de cabeça pra baixo, quando os pais resolvem acolher um judeu amigo da família e o esconder em seu porão. A partir deste momento, a amizade entre Liesel e Max começa a tomar forma e aos poucos a menina vai compreendendo o real significado da palavra Guerra.

"..uma série de ferimentos aflorou à superfície da pele. Tudo por causa das palavras."

A Morte tem seu caminho cruzado com o de Liesel por três vezes, e a menina desperta nela uma certa curiosidade sobre os humanos. A cada roubo de livros e a cada situação vivida, tanto Liesel como ela, vão aprendendo o que realmente significam as palavras amor, ódio, confiança, amizade e mais ainda: ambas aprendem o quão cruéis são os humanos e a morte.






"Os melhores sacudidores de palavras eram os que mais compreendiam o verdadeiro poder delas. Eram os que conseguiam subir mais alto. Um desses sacudidores era uma menininha magricela. Ela era famosa como a melhor sacudidora de palavras de sua região, porque sabia o quanto uma pessoa podia ficar impotente SEM as palavras. Por isso, ela se mostrava capaz de subir mais alto que qualquer outra pessoa. Desejava as palavras. Tinha fome de palavras."




E é através das palavras de Liesel e da história contada pela Morte, que você vai aprender a enxergar o mundo de uma outra forma. A perceber que não damos nenhuma importância para a vida e que só percebemos o quanto a jogamos fora, quando estamos à beira da morte.








Postado por: Rafa Kun





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